terça-feira, 20 de abril de 2010

Com meu rosto ao chão.

Certa vez, um jovem chinês que morava nas montanhas foi para o norte guerrear por seu povo. Encontrou em seu caminho um velho sábio, que lhe perguntou: "Para onde vai meu jovem?". O jovem lhe respondeu: "vou para o norte batalhar e vencer por meu povo". O velho disse: "como sabes que vais vencer?". O jovem respondeu: "porque sou jovem, forte, rápido, saudável e me preparei durante muitos anos para esta batalha". O velho lhe disse: "você não vencerá". Retrucou o jovem: "como sabes?". Respondeu o velho: "você saberá em breve..." Você, leitor, saberá no final do artigo!
A única esperança de glória que podemos ter é Cristo vivendo em nós, um dos nossos problemas é querer fazer a obra de Deus como subterfúgio para demonstração de nossas habilidades próprias. Isso nunca vai dar certo. Deus não dá sua glória para ninguém; precisamos entender: somos escravos de orelhas furadas que entenderam que seu Senhor é bom e o servem de livre e espontânea vontade não são mais donos da direção de sua vida.
E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Lucas 9.23
Ir após Jesus implica em autonegação. Dizer não a nós mesmos é fruto de amadurecimento. Desde que nascemos somos ensinados a querer o controle, o lucro, a direção; queremos conquistar, alcançar, ter. Em certos aspectos temos sim que ser aguerridos determinados para vencer batalhas, derrubar gigantes... Porém, nossa essência central deve ser um espírito rendido ao espírito de Deus, à vontade do Mestre, não a nossa.
Jesus disse a respeito de João Batista, ele é o maior nascido de mulher. Quem não deseja ter um currículo desse dado pelo Rei dos reis? O grande e eterno Jesus Cristo! Porém, esse João foi o mesmo que disse:
"Este é aquele que vem após mim, que é antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca" João1.27
João não disse essa linda frase para impressionar ninguém, ele disse por que realmente não era digno de desatar a sandálias de Jesus, por isso foi exaltado pelo mestre, lembra da velha e atual regra? Aquele que se humilhar será exaltado, não aquele que for humilhado sim àquele que se humilhar. João foi forjado no deserto vivendo na escassez se alimentando de gafanhotos e mel silvestre, uma admirável vida, um exemplo prático do que é honrar a Cristo. Homem que viveu verdadeiramente com seu rosto ao chão ante ao brilho inconfundível da luz de Deus.
Muitos de nós começamos com a motivação certa: querer fazer para Deus. Porém, nos perdemos quando achamos que sabemos o caminho. Afinal, nos preparamos, estudamos, vivenciamos e agora podemos fazer. Jamais poderemos fazer alguma coisa para Deus, sempre ele fará através de nós. Nossa posição deve ser diminuir sempre para que Ele cresça em nós. Enquanto não entendermos isso, não passaremos de um isqueiro sem gás, tendo quase tudo para gerar fogo, faltando, entretanto, o principal que é o combustível, o grande responsável pela combustão. Cristo é o gás, o combustível, ou seja, tudo de bom e pertinente que há em nós.
Quer saber porque o jovem chinês não venceu a batalha? ...Dias depois, o jovem chinês voltou triste seu caminho e se deparou novamente com o velho sábio e disse: "velho sábio, não venci a batalha. O velho respondeu: "realmente, meu jovem, você foi para o norte, porém a batalha era no sul, você tinha tudo, porém foi para o lugar errado".
Muitos de nós somos como o jovem chinês, temos tudo, no entanto caminhamos para direção errada. Se não entregarmos a direção de nossa vida a Deus, corremos o sério risco de não chegar a lugar nenhum. Somente Ele, o grande Eu Sou, pode nos conduzir na direção correta, realizando em nós e através de nós admiráveis obras como fez na vida de João Batista.
Não se esqueça! Nossa posição deve ser sempre dizer: importa que Ele cresça e eu diminua.
Pr. Romney Cruz -

sábado, 17 de abril de 2010

Ministrando aos homens ou a Deus?

Preocupando-se com Deus e com a sua vontade
As dificuldades que um dirigente de louvor confronta, enquanto está conduzindo o povo na adoração congregacional, são inúmeras. Dentre as mais corriqueiras e mais discutidas entre os líderes e dirigentes, está a excessiva preocupação com a aprovação e agrado dos homens no que diz respeito à sua performance. Na verdade, alguns expõem que a dificuldade está no fato de que nos prendemos demais naquilo que nossos olhos enxergam (o povo, o homem) e esquecemos de adorar “em espírito e em verdade” (ou seja, não dirigimos o louvor a Deus, mas ao povo).

Percebo que muitos dirigentes estão com o coração aflito por causa deste problema. Eles estão com a consciência pesada, pois sabem que durante o culto se esquecem (involuntariamente) daquele que deveria ser o centro de todas as atenções. Alguns já me confessaram totalmente contristados: “Irmão, me ajuda porque eu não consigo me concentrar em Deus, estou muito preocupado com as pessoas!”

Há algum tempo enfrentei este problema. Sentia-me culpado porque media o sucesso da minha direção na resposta, no “feedback” da igreja. Se eu percebia que o louvor estava fluindo e os irmãos estavam cantando conosco com toda a avidez, então concluía que Deus estava “aceitando” a adoração. Se nalgum dia a igreja não estivesse disposta a cantar, então era porque Deus não queria ser louvado, não era dia de louvor, ou seja, os ares espirituais estavam muito tenebrosos (que triste conclusão!).

É um erro pensar que as músicas que agradam as pessoas, são as mesmas músicas que agradam a Deus e são as mesmas que ele quer ouvir no mesmo momento em que as pessoas querem ouvir. Às vezes, pecamos ao pensar que Deus é apenas mais um na platéia, que a opinião de Deus tem o mesmo peso que a opinião do irmão “José”, por exemplo. A voz do povo não é a voz de Deus! O povo é o povo e Deus é Deus!

Muitas vezes já falei coisas durante o culto que desagradaram a homens, mas agradaram a Deus. Por outro lado, já falei palavras e cantei músicas para agradar a homens e acabei desagradando a Deus (e por isso me arrependo profundamente). Alguém poderia perguntar: “Então quer dizer que só tenho que cantar e ministrar palavras que desagradam os homens, para agradar a Deus?”. Naturalmente, não. Haverá momentos que o que Deus quer falar vai agradar aos homens, vai levar o povo à presença dele. E aí haverá a tão desejada fluência no louvor, porque a vontade de Deus vai ser valorizada, vai ter peso. Já foi dito: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” (Gl. 1.10.)

O que quero trazer à luz neste artigo, é que os dirigentes de louvor devem estar mais preocupados com Deus e sua vontade do que com o que o povo vai pensar ou falar de sua performance. Assim os dirigentes podem ficar mais descansados e em paz, pois fazer a vontade de Deus é infinitamente melhor do que fazer a vontade dos homens. Prefiro ser avaliado e julgado por Deus a homens. Então, meu irmão, descanse em Deus e se preocupe em ministrar a ele. Deus é misericordioso, já o povo não tem piedade (Mc. 15.14). Procure agradar a Deus. Quanto aos homens... bem, prepare-se... algumas vezes haverá críticas, insatisfação, desagrados, julgamentos e condenações. Quanto a Deus... Ele estará sorrindo para você!

“Servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens.” (Ef. 6.7.)

Ramon Tessmann

terça-feira, 13 de abril de 2010

Depoimento do Fernandinho sobre música secular

Qual é sua opinião sobre música secular. Você ouve? Aprova um cristão ou até mesmo um ministro de louvor ouvir?

Não ouço, não aprovo e acho vergonhoso o cristão que diz que esse tipo de música serve como referencia ou como influência. A excelência no tanger tem que ser direcionada para Deus e não para os homens, porque se música bonita e bem arranjada mudasse a vida de alguém, a nossa sociedade não estaria no caos que está. Os mundanos têm acesso a musicas “boas”, mas não conseguem mudar o seu comportamento.

A nossa proposta é tocar o coração de Deus, que automaticamente resultará em tocar o coração dos homens. Não posso tocar o coração de Deus com aquilo que é profano. Não estou falando que devemos estar desprovidos de técnica, pelo contrário, temos sempre que fazer o melhor. Creio que os nossos músicos e a nossa musica é infinitamente melhor que a secular, porque temos menos recursos que eles e ainda assim conseguimos tirar água da pedra. A Bíblia diz que tudo que é de boa fama e existe louvor, nisso devemos pensar.

A música secular não tem nem louvor nem boa fama. O meu Jesus não é bem-vindo no meio da música secular. Às vezes é até escarnecido por alguns. Se Ele não é bem-vindo, eu, como filho dele, também não sou. A nossa música é apenas um detalhe, o que verdadeiramente vai trazer impacto na sociedade é a nossa vida.

domingo, 11 de abril de 2010

APRENDENDO A LIDERAR ADORAÇÃO

Aqueles que estão começando a maravilhosa jornada de líderes de adoração provavelmente já descobriram que isto envolve muito mais do que simplesmente levar as pessoas a cantarem algumas canções.
Eu me lembro de como me senti sobrecarregado durante o primeiro ano em que liderei adoração. Eu me perguntei muitas destas questões. Como posso efetivamente ajuntar as pessoas como um corpo no inicio? Como posso facilitar a liberação dos dons no momento apropriado, as orações e respostas do povo? É possível liderar uma adoração cheia do Espírito sem fazer com que os visitantes ou novos convertidos sintam-se excluídos? Eu gostaria de saber como formar uma equipe de louvor.
Como líderes de adoração, nós precisamos fazer, e recebermos as respostas para estas perguntas. Vamos considerá-las uma de cada vez.

Como os líderes podem transformar as pessoas em um corpo no início da adoração?

A princípio pode parecer uma pergunta sem importância. No entanto, tenho percebido que uma “convocação para adoração” é altamente significante na determinação do caminhar que leva a um tempo de adoração poderoso, relevante e ungido.
É importante que tenhamos em mente as palavras de Isaías, “este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim”. Neste versículo, Isaías está nos lembrando que a adoração não é meramente a atividade física de cantar uma canção, mas que envolve nossos corações, mentes, corpos, emoções e desejos. Esta admoestação é exatamente o que chamamos, e o que define a “convocação para a adoração”.
Como líder de louvor, você entende que sua preparação para a adoração começa muito antes do toque do primeiro acorde na primeira canção da ministração. Começa quando você chega à igreja várias horas antes do início do culto e passa um tempo em oração, ensaio e adoração com sua equipe de louvor (se você ainda não está fazendo isto, então eu recomendo que é muito importante que você comece).
Infelizmente, minha experiência tem me ensinado que a maioria da congregação não teve a oportunidade de colocar o foco de seus corações em Deus, antes de entrarem pelas portas da igreja e encontrarem seus assentos. Muitos deles estão apenas felizes por terem conseguido chegar a igreja sem matar um dos filhos (ou cônjuges!) durante a confusão de preparar todos para irem a igreja. Por isto, uma significativa “convocação para adoração” torna-se apropriada e necessária.
Não há uma receita santa para liderar esta convocação para a adoração. A chave é ajudar as pessoas a diminuir o ritmo, deixarem as distrações do dia para trás (ou mesmo da semana) e voltarem a atenção para Deus. Aqui estão várias formas diferentes que tenho usado para começar o período de adoração:

1) Eu normalmente começo com uma saudação amigável, como por exemplo, “Bom dia a todos!”. Vamos terminar rapidamente este último cafezinho (nós sempre temos café disponível na igreja) e achar um lugar para nos sentarmos.”Peço que todos se levantem e começamos com uma oração.
Algo mais ou menos assim: “Pai celestial, nós olhamos para Você nesta manhã gloriosa e pedimos que Você venha rapidamente encher este lugar com a Sua presença. Pai, nós te convidamos para estar conosco nesta manhã. Nós não queremos somente cantar canções ou ouvir mais um sermão ou termos mais uma reunião. Mas Senhor nós queremos ter um encontro contigo neste dia. Pai queremos deixar de lado toda distração e impedimentos que possam nos separa de você. Nós estamos aqui para te adorar. Estamos aqui para te dar toda a glória e honra e louvores.”
Terminada a oração eu os encorajo a pararem por alguns instantes (de forma silenciosa) e “acertar as coisas com Deus.” Neste pequeno intervalo, minha expectativa é que eles estejam orando conforme eu pedi. Depois disso eu dou o sinal para a banda e começamos a primeira canção programada.

2) Não há uma forma estabelecida para começar com as musicas escolhidas, devemos os depender muito da direção que Deus estiver mostrando. Eu normalmente começo com canções mais animadas como, The Lord Almight Reigns, Give Him Praise ou Jesus Lead on. Mas me lembro de muitas ocasiões quando senti realmente Deus movendo-se de forma especial entre a congregação então eu começo com canções que enfatizam mais a intimidade como, Let Your Glory Fall, You Are Worthy of My Praise, Who Is Like Our God? Ou We Exal You.

3) Outra forma de começar a reunião ou culto é que a banda toque uma música que já contém esta convocação para a adoração. Boas canções que funcionam desta forma são, Will You Worship?, We welcome You, Come and Fill This Place e Meet Us.

4) Ainda outra forma de se começar, é que a banda comece tocando de forma suave e então ler uma porção da Palavra como sendo esta convocação para a adoração. Isto funciona de forma ainda mais efetiva quando o Senhor já colocou em seu coração, ou em um dos pastores um texto ou tema específico (por exemplo, uma passagem que fale sobre cura, pureza, santidade, gratidão, a fidelidade de Deus e assim por diante...).

Como os Líderes de Louvor podem facilitar a liberação dos dons, orações e respostas apropriadas das pessoas?

A palavra chave nesta questão é “apropriadas”. Cada igreja tem seu próprio estilo de adoração. Este estilo inclui um conjunto de restrições e permissões. Qualquer estilo é o resultado da combinação de vários fatores: a visão do pastor chefe, a tradição da denominação, a média de idade da congregação e o sopro do Espírito naquele momento específico da história da igreja (um mover de santidade, evangelismo, renovo, assim por diante...). Como líder de louvor, é o seu trabalho conhecer o estilo da igreja e entender os limites que formam este estilo.
O que vou mostrar a seguir são exemplos de perguntas que os líderes de louvor deveriam fazer aos seus pastores.

1. O que devo fazer se alguém tiver uma palavra profética ou um texto para compartilhar durante a adoração?

2. Em quais reuniões da igreja isto seria apropriado? Quando não seria?

3. E sobre dança durante a adoração? Existe alguma diretriz estabelecida para a congregação?

4. É apropriado termos períodos de ministração durante a adoração? Se for, como deveria ser feito?

Cultos ou reuniões diferentes terão uma organização e ênfase diferentes. Por isto, os parâmetros do que é apropriado vão variar (culto matinal de domingo vs. culto no domingo a noite, ou uma reunião de oração vs. Um culto evangelístico). Tendo discutido estas coisas com seu pastor você estará muitos quilômetros a frente no entendimento de como facilitar a expressão dos dons, orações e respostas.
Outra chave para entendermos como facilitar o uso dos dons em adoração é ter um coração pastoral. O que quero dizer é que o líder de louvor deve estar sensível as necessidades espirituais do povo. Muito freqüentemente, os líderes de louvor ficam animados e fazem a escolha das músicas pelos lançamentos mais quentes, ou baseados nas canções de sua própria preferência, ao invés de colocar a necessidade da congregação em primeiro lugar. O que vou dizer a seguir, são três maneira de ajudar a você manter sua atenção na necessidade do povo:

1. Passe um tempo em oração pedindo a Deus um entendimento específico das necessidades do povo e Suas direções para a ministração. Eu ainda não experimentei um dia que Deus não respondesse minha simples oração pedindo direção.

2. Converse com a congregação. Eu normalmente faço isto através de buscar conhecer muitas pessoas. É incrível o nível de entendimento que Deus vai te dar par o louvor congregacional e expressão de Seus dons quando você construir relacionamentos com as pessoas e ajudar a pastoreá-las.

3. Pergunte ao seu pastor e equipe de liderança se eles têm alguma direção específica do Senhor. Como líder de louvor você é parte de uma equipe. O pastor é o capitão enquanto o líder de louvor e outros líderes chave dentro da igreja formam o time principal. No entanto faz muito sentido perguntar ao capitão qual é o plano de jogo.
Outra boa razão para perguntar a opinião de outros líderes é que eles podem lhe ajudar a ver a igreja de forma mais ampla e manter o louvor conectado com outros elementos da reunião ou culto.

Como os líderes de louvor podem liderar uma adoração cheia do Espírito sem que os visitantes ou novos convertidos sintam-se excluídos?

O coração desta pergunta nos leva a um debate, se é possível alguém lideram um período de adoração ungido, cheio do Espírito e ainda assim atrair visitantes ou mesmo não convertidos. Independentemente do que você pensa sobre este assunto, eu sei de uma coisa com certeza. Tanto os que nós classificamos como “sedentos” (aqueles que estão buscando algo) ou “visitantes”, desejam conhecer a verdade e experimentar o Deus vivo e verdadeiro. A pergunta que eles estão fazendo é: “Posso encontrar Deus em sua igreja?”
Que oportunidade maravilhosa nós, como líderes de louvor, temos todos os domingos temos o privilégio de apresentar pessoas ao Deus vivo e verdadeiro através da adoração a Ele. Francamente, eu não vejo como podemos viver sem uma adoração ungida e cheia do Espírito.
A pergunta então é como entramos nesta adoração sem alienar os “visitantes” e “sedentos”. Uma das formas mais importantes para fazer isto é construirmos pontes de entendimento.
Um pastor amigo meu disse uma vez “as pessoas precisam ter um claro senso de entendimento e contexto quando lidamos com as coisas de Deus. Sem isto, eles terão dificuldade em aceitar qualquer coisa que o líder queira passar”.
Trazendo isto para o contexto do louvor, as pessoas vão se sentir mais confortáveis e por isso, estarão mais abertas a participarem quando entenderem o que esta acontecendo ao seu redor. Por exemplo, se você estiver liderando um período de adoração e sentir que a congregação deve cantar coisas espontâneas e aguardar no Senhor, a maioria de nós, iria simplesmente dar um passo atrás do microfone e permitir que isto aconteça.
No entanto, uma forma mais apropriada de facilitar estas canções espontâneas ou esperar no Senhor seria explicar de forma breve à congregação o que você esta sentido de Deus. Dê a eles o contexto do que esta acontecendo ao seu redor. Em outras palavras, construa uma ponte de entendimento.
A princípio pode parecer arriscado porque poderia quebrar o fluir natural da adoração e/ou sufocar o Espírito. Porém minha experiência tem sido o contrário. Eu tenho percebido que o Espírito Santo é muito tolerante a minha iniciativa de dar algumas breves instruções como: “Vamos usar esta melodia para cantar algo ao Senhor. Não precisa ser nada profundo, simplesmente permita seu coração se expressar agora, mesmo que seja somente um la-la-la.”
Construir uma ponte de entendimento como esta trará encorajamento àqueles que não são familiares com tais coisas e ajudar os visitantes a entenderem o que está acontecendo ao seu redor para que eles também participem e não sejam somente expectadores.
Outra forma útil de cobrir a brecha de entendimento para os que são novos ou visitantes é acrescentar alguns comentários breves no boletim, explicando o que eles podem esperar ver e/ou ouvir durante o culto e a adoração de forma geral.
Certifique-se de explicar coisas como a duração do louvor e descrição do estilo de adoração (mãos levantadas, pessoas se ajoelhando ou prostrando-se, danças, palavras proféticas e assim por diante...). Seria bom incluir várias referências bíblicas que podem mostrar por que o culto de adoração acontece desta forma.

Quais são os elementos chave na formação de uma equipe de louvor?

Em seu ensino “Montando uma Equipe de Louvor”, Andy Park descreve que uma equipe sadia e funcional é feita de três componentes principais: musical, social e espiritual. Na realidade, uma das funções da equipe de louvor e ser um tipo de força tarefa espiritual. Cada uma destas características é importante e precisa estar funcionando intensamente sem excluir as outras ou perder o equilíbrio.

A Equipe de Louvor como Grupo Musical

Antes de tudo, a equipe de louvor tem a oportunidade e responsabilidade de trabalhar duro para obter a melhor qualidade musical. A razão para isto é muito simples. Liderar louvor também envolve uma apresentação musical.
Normalmente não gostamos de pensar no louvor como uma apresentação musical. Porque isto não parece ser muito espiritual, na realidade soa como algo bem mundano. Mas precisamos encarar um fato. Quando lideramos a adoração não podemos negar que esta acontecendo uma dinâmica apresentação.
No entanto, este tipo de apresentação é diferente dos shows seculares (e a maioria das pessoas na igreja entendem isto) aqui a congregação é quem esta se apresentando, a equipe de louvor é quem está incentivando e Deus é o ponto central.
Entendam o que estou dizendo. Eu não estou colocando a apresentação acima do ato de adoração. Porem é exatamente o fato de estarmos centralizando nossa adoração em Deus que requer buscarmos a excelência musical. Andy Park diz claramente, “Aplique-se em fazer o melhor no mundo visível, para ser um melhor facilitador das bênçãos. Toque bem”.
Então como tudo isto se aplica à construção de um grupo louvor? Primeiro, um grupo musical deve trabalhar muito duro para produzir boa música. Isto significa ensaiar constantemente (é importante garantir boa vontade no ensaio) es experimentar diferentes arranjos musicais.
Também pode ser necessário organizar testes para ocupação de posições na equipe e não tenha medo de usar a pessoa mais competente para cada posição. Obviamente, isto se aplica a igrejas onde pode haver várias pessoas capazes para um mesmo instrumento.
No entanto, mesmo que você esteja em uma igreja pequena que começou a pouco tempo, não subestime a importância de buscar excelência musical. A chave para isto é ouvir uma confirmação do Senhor enquanto você busca o equilíbrio entre incluir todos ou buscar a melhor qualidade dos músicos.
O terceiro ponto esta relacionado com o papel pastoral do líder dentro da equipe. Trabalhar com músicos pode freqüentemente ser estressante quando eles tendem a ser levemente temperamentais. Porém, é de vital importância que o líder de adoração escolha músicos com um bom caráter moral e espiritual. É bem mais fácil desenvolver a habilidade musical do que o caráter. Sem mencionar o fato de que é impossível gerar traços positivos em um caráter.
Pertencer a equipe de louvor pode elevar o valor de uma pessoa aos olhos da congregação. Mas é importante o líder ensinar aos músicos encontrarem a segurança deles no fato de serem amados e aceitos por Deus, e à igreja que devem basear-se em quem são e não no que podem fazer com seus instrumentos.
Quando o músico encontra sua identidade no que ele pode fazer para Deus, e não em quem ele é em Cristo, um desastre espiritual se aproxima. O líder de louvor não deve se apressar na seleção dos músicos.
Tenha certeza de que há uma confirmação do Senhor antes de impor as mãos em um músico ou libera-lo para ser parte da equipe de louvor. Lembre-se que: “É muito mais prazeroso impor as mãos sobre alguém para abençoar do que para a disciplina ou correção”.

A Equipe de Louvor Como Grupo de Comunhão

Unidade entre os integrantes é essencial para cultivar um ambiente de amor, a partir do qual flui o ministério. Eu tenho buscado isto com meu próprio grupo de várias formas.
Primeiro é importante que possamos ser capazes de nos divertir juntos, mesmo tendo que trabalhar duro. Nós fazemos pequenas piadas, brincamos e às vezes até mesmo cancelamos algum ensaio para comermos juntos ou assistirmos a um filme.
Gostamos muito de trocar a letra de louvores conhecidos. Para criar uma nova letra que seja divertida. É importante dizer que só fazemos isto em nossos momentos de ensaio nunca durante um culto!
Outra atividade que gera muita unidade é nos reunirmos como um grupo caseiro. A cada duas semanas cancelamos o ensaio para estarmos juntos e sabermos como anda a vida uns dos outros, orarmos uns pelos outros e adorarmos juntos.
Estas reuniões têm sido de longe, a atividade mais frutífera que temos. Também é uma maravilhosa oportunidade dada por Deus para que eu possa servir minha equipe com um coração pastoral. Confie em mim quando digo que há uma diferença visível entre um grupo de louvor que se ama e passa tempo junto longe da igreja, e uma equipe que se encontra somente para cumprir uma tarefa.

A Equipe de Louvor Existe Para Servir
A equipe de louvor existe para servir a igreja. O grupo de louvor deve se empenhar buscando excelência musical e os líderes devem ser diligentes na seleção e também no pastoreamento de seus membros. Tendo preenchido estes requisitos, a equipe de louvor esta pronta para cumprir sua função básica: servir o corpo de Cristo.
O trabalho do grupo de louvor é glorificar a Deus através da adoração bem como facilitar o mover do Espírito Santo na congregação. Nós não seremos capazes de cumprir nosso chamado a menos que cada membro desta equipe seja capaz de ministrar a partir do entendimento que ele cumpre o papel do servo, e esteja disposto a servir sob a liderança de sua igreja.

O MÚSICO CAUSANDO IMPACTO...!

Características do mundo atual: Temos uma geração apática, individualista e egoísta. Os humanistas estão cada vez mais dominando nossa sociedade. O individualismo é a marca da época: internet, divórcio, desejos de não se casar e não ter filhos, ambição financeira, etc. Crescem as desigualdades sociais.
De forma sutil Satanás está impondo estes valores aos cristãos. Ele não confronta a Igreja, mas seu intuito é fazer com que ela tenha uma visão "MÍOPE", ou seja, medíocre, defeituosa e distorcida.

O evangelho que temos pregado, é um evangelho de busca de sucesso pessoal, de prosperidade e de conquista, mas com ênfase no "consumo", "venha à Jesus e você receberá...", "você terá muito dinheiro", "você terá fama e sucesso", "você não terá mais dificuldades, mas terá muita alegria e saúde", etc. É verdade que Deus quer nos dar todas as bênçãos do Seu Reino (Mt. 6:33), mas Ele não nos chamou para sermos consumidores, e sim produtores. Mas produtores de quê? De vida, de cura, de paz, de ações condizentes com a nossa vida cristã.
Mateus 9:35-38

Jesus conhecia os ambientes da humanidade.
Impacto: ir de encontro à, encontro de projétil, míssil, bomba ou torpedo, com o alvo; choque , colisão. Impressão muito forte.
O que vamos impactar? Que ambiente iremos impactar? Será que queremos saber que ambiente é este?

Vamos observar três atitudes práticas que Jesus nos deixou:

1- (Mateus 9:3-6) - "Vendo ele as multidões" - VER
- Precisamos aprender a ver as pessoas como Jesus via. Somos egoístas e olhamos somente para nossas coisas!
- Deus viu o mundo no pecado e enviou Jesus para nos salvar (Jo 3:16).
- Isaías 43:8 - Existem pessoas que não conseguem enxergar. "Tem muita gente cega que enxerga melhor do que muitos que têm olhos sadios".
- Temos motivações erradas: queremos ver apenas aquilo que gostamos ou o que é de nosso interesse, por isso, Deus toca nas coisas que são mais preciosas para nós, para abrir nossos olhos.
- Porque não enxergamos?

a) Buscamos interesse pessoais (egoísmo).
Porque temos sido egoístas? Porque o diabo cegou o entendimento dos incrédulos (II Co 4:4).
Incrédulo: aquele que diz crêr, mas não crê. E porque não crê? Porque não obedece e não pratica a Palavra de Deus. São aquelas pessoas que ouvem sempre as mesmas coisas, mas não mudam suas atitudes, interessadas apenas em coisas que vão trazer benefícios pessoais: "meu dinheiro", "meu instrumento", "minha banda", "minhas músicas", etc.

b) Por causa do pecado
I Jo 2:11 - "...As trevas lhes cegam os olhos...".
- Existem pessoas que não têm percepção das coisas, são insensíveis e não conseguem ver as necessidades do mundo ao seu redor porque estão em pecado. O pecado cega!
"Senhor desvenda os nossos olhos, abra os olhos do nosso entendimento para que possamos ver!".

2 - (Mateus 9: 36) - "Teve grande compaixão deles" - Sentir
- Precisamos aprender a sentir como Jesus sentia.
- Não sentimos como Jesus porque somos egoístas! Temos conceitos e valores errados.
- "Somente o relacionamento íntimo com Deus e com as pessoas de Deus consegue purificar o nosso sentir". Como podemos sentir as dores do mundo se na verdade temos sido influenciados negativamente por ele? (amizades, músicas, programas, etc).
- Se não tivermos compaixão nunca teremos o sentir.
- Compaixão: fortes dores como a de uma cólica. É a capacidade, algumas vezes fatal, do que significa viver na pele de outra pessoa. Não haverá paz e alegria para mim enquanto não houver para você. Dor do outro que em nós provoca infidelidade.
- Jesus = Tomava conhecimento - compaixão (só ocorre se houver amor + identificação) = ação (curava, alimentava, realizava milagres - Mt 14:14-16; 15:32; 20:34; Mc 1:40-41).

3 - (Mateus 9: 36) - "Porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor" - Concluir
- Jesus concluiu que as pessoas eram ovelhas que não tinham pastor, quando as viu cansadas e abatidas.
- As pessoas vivem deprimidas, cansadas, tristes, com medo, sem rumo e perdidas, mesmo com o avanço da ciência (cientistas, psicólogos, psiquiatras, médicos, etc).
- Para concluir algo, precisamos ter identificação, ou seja, conhecer, participar, se inteirar, etc.

Conclusão

- "Cristianismo sem impacto é uma religiosidade vazia".
- "Precisamos primeiro ser impactados para depois impactarmos".
- "Nós músicos, iremos impactar o mundo não apenas com uma bela música executada, mas principalmente pelo nosso estilo de vida (ver, sentir e concluir) - parecidos com Jesus!"
Atos 4:20 - "...pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos".

Aplicação prática
1º passo - Arrependa-se da sua indiferença, falta de amor e visão.
Muitos músicos têm um ministério infrutífero por causa do pecados e vida dividida, ou seja, "um pé na igreja e um pé no mundo". Se houver arrependimento, você dará frutos verdadeiros causando impacto na vida das pessoas e na nossa geração.
2º passo - Ore ao Senhor da seguinte maneira: "Senhor, ajuda-me a ver como tu vês, sentir como tu sentes e concluir como tu concluis".


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Ronaldo Bezerra - Líder do Ministério de Música da Comunidade da Graça - Sede