domingo, 23 de janeiro de 2011

Ídolos do Coração

Jz 17: 7-13

O jovem levita viu no convite de Mica uma oportunidade de iniciar um grandioso ministério, se fazer conhecido, ter um título, ter conforto. Ele se vendeu.

- O cristão é um mendigo mostrando para outros mendigos onde achar o pão.

- Seu chamado é para ser santo e filho de Deus.

- Seu chamado é para pertencer a Jesus Cristo.

- Ele não se vende para Mica.

- Ele passa bastante tempo a sós com Deus, pois é o único jeito de receber a unção e matar o orgulho.

Muitos, em busca de seu ministério e estabelecer seu nome, têm boas intenções, mas idolatram o ofício. Menosprezam os momentos difíceis da caminhada e querem apenas a comodidade. Ter dinheiro e reconhecimento se torna o alvo a ser alcançado e, consequentemente, um ídolo. A igreja é ótima para arrumar desculpas procurando conservar os ídolos que ergue no seu íntimo, ídolos do coração. Ídolos não são apenas as estátuas de pedra ou madeira, mas tudo o que se transformar em um deus diante de Deus, ou seja, tudo aquilo que for mais importante do que o próprio Senhor (Êx 20:3).

Assim, se cria um sistema de camuflagem: embora nunca se consulte o Espírito Santo quanto à direção que deve ser tomada, finge-se estar fazendo a obra do Senhor. Depois que tudo dá errado, vem a pergunta: O que houve? Por que deu errado? E a resposta de Deus: Nunca pedi nada disso!

Há falta de pessoas humildes, de servos, daqueles que não querem trabalhar para Mica. Provérbios 10:22 diz que a bênção do Senhor é que enriquece e ele não acrescenta dores. Prosperar no ministério é obedecer a Deus e consultar o Espírito Santo antes de agir.

Converta-se dos ídolos a Deus a fim de que o Cordeiro que foi morto possa receber a recompensa do Seu sofrimento! (I Ts 1:9)


Thomas Padley

domingo, 16 de janeiro de 2011

O Chamado à Santidade

(I Pedro 1.15,16)
“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”.

Hoje em dia não é muito comum ouvirmos sermões sobre santidade. Este assunto tem ficado um pouco na prateleira de alguns líderes e de algumas Igrejas. Falar sobre santidade requer uma mudança de atitude, tanto de quem fala quanto dos que ouvem.

Deus é uma pessoa (Ele não é uma energia) e possui qualidades, atributos que expressam o seu ser: Bondade, amor, retidão, conhecimento, sabedoria, justiça, santidade e tantos outros. Logo, para entendermos o que é ser santo, devemos olhar para a fonte de toda santidade, Deus. O texto nos ensina que Deus é Santo (Sede santos, porque eu sou santo).

A palavra santo no A.T é de origem hebraica (qadosh) – qualidade daquilo que está intimamente ligado ao sagrado ou que foi admitido no âmbito do sagrado por meio de rito divino ou de ato público de culto. Tem a conotação daquilo que é distinto do que é comum ou profano tem a ver com o sagrado de Deus.

A palavra santo no N.T é de origem grega (hagios) – O conceito neotestamentário da santidade é mais bem entendido na pessoa do Espírito Santo. A esfera apropriada daquilo que é santo no N.T não é ritual, mas, sim, a profética. O sagrado já não pertence a coisas, a lugares ou ritos, mas, sim, às manifestações da vida que o Espírito produz.

A verdade é que Deus nos chama a santidade e se coloca como o padrão a ser seguido. Mas como entender e obedecer este chamado a santidade?

Ser santo como o Senhor é santo requer a aplicação espiritual dos conceitos veterotestamentário (A.T). Como assim? Quando lemos I Pe 1.15,16 devemos entender que o Apostolo Pedro estava se referindo a uma ordenança do A.T, e, portanto, um conceito antigo aplicado a nova aliança em Jesus.

Creio que estes conceitos nos ajudarão a entendermos de forma mais prática o que é ser santo.

1- Ser santo é não se contaminar com o pecado

(Levítico 11.44,45)
“Porque eu sou o SENHOR vosso Deus; portanto vós vos santificareis, e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum réptil que se arrasta sobre a terra; Porque eu sou o SENHOR, que vos fiz subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo”.

Este capítulo do livro de Levítico aborda sobre uma relação de animais impuros que Deus proíbe que seu povo coma. Se alguém do povo de Israel comece algum daqueles alimentos, pela Lei, ele estaria impuro e indigno de estar na presença de Deus.

Deus é perfeito e suas Leis preciosas. Hoje sabemos que grande parte daqueles alimentos (animais) possuía e ainda possuem bactérias que se consumidos por alguma pessoa sem o devido preparo e higiene pode causar doenças e levar até a morte. Deus preservou a integridade do Seu povo através de Leis espirituais. Mas nós vivemos sob a Nova Aliança e o sentido desta Lei deve ser aplicada mediante a vida em Jesus. Os rituais de purificação e a abstinencia de alimentos do A.T nada têm a ver com o chamado a ser santo que Deus nos ordenou para hoje.

Jesus disse certa vez: “Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem. [...] Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, Os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem.” (Marcos 7.15-23)

Torno-me mais santo quando meu coração esta cheio de louvor a Deus, quando meus lábios são usados para abençoar e não amaldiçoar, quando não me deixo contaminar pelos maus pensamentos e atitudes. Ser santo, portanto, tem a ver com uma vida consagrada a Deus longe do pecado que contamina o coração.

2- Ser santo é amar ao próximo

(Levítico 19.1,2)
Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR vosso Deus, sou santo.

Não existe santidade genuína sem o amor ao próximo. O contexto deste capítulo 19 de Levítico fala, sobretudo, de respeito ao próximo: (v.11) “nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo”; (v.13) “Não oprimirás o teu próximo”; (v.15) “com justiça julgarás o teu próximo”; (v.16) “não te porás contra o sangue do teu próximo.”; (v.18) “mas amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

Santidade tem a ver com atitude de amor ao próximo. Jesus certa vez contou uma parábola: “Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele.” (Lucas 10.31-37)

Precisamos urgentemente manifestar amor ao próximo. Não existe vida santa e consagrada a Deus, sem nos movermos em direção ao próximo para ajudá-los. O diabo tem plantado o egoísmo nos corações de alguns cristãos. Queremos ser abençoados, queremos prosperar, queremos vida abundante e acabamos nos esquecendo de olhar além de nossos próprios desejos e cobiças. Que tipo de evangelho é este que vivemos? Que santidade é esta que pregamos onde o amor ao próximo não faz parte do cotidiano de muitos crentes?

3- Ser santo é ser inteiramente do Senhor.

(Levítico 20.26)
“E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus.”

Não existe santidade sem pertencer a Jesus. Só iremos pertencer ao sagrado de Deus mediante a salvação em Cristo. A Bíblia nos ensina que em Jesus somos santos de Deus: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;” (Efésios 1.4).

O Senhor tem separado em todo mundo um povo santo, um povo inteiramente Seu. Um povo capaz de dizer não ao pecado, manifestar o amor de Deus ao próximo, um povo comprometido com Seu senhorio e vontade.

Podemos até ter uma vida piedosa, com boas condutas morais, mas sem Jesus não existe santidade, sem Ele não existe salvação. Podemos nos tornar santos de Deus, homens e mulheres separadas pelo Senhor neste mundo. O Senhor quer nos chamar de filhos amados. Em João 1.11,12 está escrito: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;”

O Senhor nos chama a sermos santos como Ele. A salvação completa tem a ver com a santidade do homem: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” (Hebreus 12.14). Ter a Jesus como salvador é participar de Sua santidade.

Temos um chamado: “Sede santos, porque sou santo”.

Pr. Eurico C. G. da Costa
preuricodacosta@ig.com.br
Pastor Auxiliar da Sétima Igreja Batista de Campos
ministeriojovemsetibc.blogspot.com

domingo, 9 de janeiro de 2011

Preparação e execução de um período de louvor

I. É necessário ter a visão global
A. Conceito de equipe. Use seus dons para servir. O líder da equipe é o pastor/responsável por aquele momento.
B. Coopere com a visão geral para evitar "a casa dividida contra sim mesma"
C. Comunicação e esclarecimentos constantes sobre a visão global às vezes é necessário

II. Escolha das Músicas

A. Conheça o povo e descubra quais as canções que eles conhecem e gostam. Isto deveria lhe ajudar na escolhas das canções.

B. Mantenha o equilíbrio entre músicas novas e antigas.

* Não deixe os clássicos de fora
* A rotina não é uma coisa ruim. Permita que as pessoas cantem músicas que já são familiares e foram "memorizadas", ao mesmo tempo em que cantam as canções "novas"
* Incluir muitas novas canções de uma vez acaba com a intimidade e espontaneidade

C. Use aquelas canções "especiais"

* Características de uma canção "especial"
- As pessoas se conectam a Deus quando a cantam
- Acontece um aumento notável da presença de Deus quando você canta esta canção
- A melodia e a letra são memoráveis e memorizáveis
- Mesmo depois de muitos anos, a música ainda tem vida

D. Sem unção mesmo uma canção "especial" não vai decolar

Sempre volte à pergunta "O que Deus está fazendo agora?". O que vai funcionar neste momento?

E. Escolha canções que liberem fé em seu coração

Você só pode liderar as pessoas a um lugar, se você mesmo estiver lá; portanto você precisa "possuir" a canção.

III. Preparando a sua lista de músicas

A. Peça a liderança do Senhor (João 5:19)

* Às vezes sentimos uma orientação clara sobre quais músicas devem ser escolhidas. Outras vezes, vamos fazer as melhores escolhas que pudermos, crendo que o que estamos fazendo é o melhor.
* Deus se alegra mesmo quando não sabemos claramente quais músicas devemos cantar. Ele recebe aquele momento como uma oferta.

B. Organizando o período de louvor

* Quando for possível, descubra qual é o tema do culto
a. Você pode "apoiar" a mensagem
b. Esta é uma boa maneira de mostrar que você é parte de uma "equipe"

* O que está em seu coração?
a. Um tema específico (evangelismo, intercessão, arrependimento, etc...)
b. Tem uma música que não sai de sua cabeça
c. Não descarte impressões (elas podem vir de Deus: sonhos, pensamentos etc...)

IV. O gráfico do Período de louvor

Não existem regras rígidas sobre a "curva" do período de louvor, mas existem alguns princípios que são verdadeiros, e formas de se montar diferentes períodos de louvor que já foram testadas.

A. A Curva Clássica
Esta é a curva mais comum de todas. Ela funciona bem nos cultos de domingo, e outros cultos em que o povo precisa que sua fé seja motivada no louvor. Canções mais rápidas, que normalmente são proclamações das obras e atributos de Deus, normalmente se encaixam bem aqui.

B. A Curva Montanha
Este tipo de período de louvor começa com uma canção não muito rápida como "You are Worthy of my Praise" (Tu és Deus de toda glória). Nesta canção as pessoas são levadas a tomarem a decisão de adorarem a Deus enquanto cantam. Conforme as pessoas se conectarem a Deus, eles estarão mais preparados para celebrarem. Se tivermos um encontro significativo com Deus, certamente teremos o que celebrar.

C. A Curva Terremoto
Esta é a curva clássica, com uma explosão no final! Depois de estarmos nos braços de Deus por 20 ou 30 minutos, algo natural a se fazer é celebrar! Uma música como "Dançaremos nas ruas de ouro" é perfeita para finalizar um momento como este.

V. Elementos que geram continuidade

O louvor é como um diálogo com Deus. Ao invés de pularmos subitamente de um assunto para outro, existe uma progressão natural no fluir da conversa. Há algumas formas básicas de estabelecermos continuidade no período de louvor.

A. A continuidade Lírica

1. Duas ou mais músicas que têm o mesmo tema. Ex: "Deep deep love (Profundo amor)" e "This is love" ou "Yahweh", "Great is Thy Faithfulness" e "Faithful one" .
2. Músicas que tenham temas ou atributos de Deus que se relacionam. Ex: "Holy is the Lord" e "Holy, Holy, Holy" .

B. O segundo elemento da continuidade é a "nota" em que a música é tocada

1. Canções que são tocadas no mesmo tom, ajudam a manter o fluir de um período de louvor

(E) Blessed be the name (Bendito seja o Nome)
(E) I could sing of your love forever (Cantarei Teu Amor pra Sempre)
(E) Deep deep love (Profundo Amor)

2. Canções em Tons Relativos
Outra forma de usar o Tom de uma música como caminho de mudança para a canção seguinte e utilizar o "Tom Relativo". O tom relativo menor de qualquer nota é a 6a. menor daquela nota. Por exemplo, Em é o relativo menor de G. E por causa da compatibilidade musical destes dois tons, uma transição entre eles acontece de forma bem suave. Então eu posso passar do refrão de uma música em G, imediatamente para o verso de uma canção em Em.

C. O terceiro elemento é o tempo da música

1. Ex: "Before you now" (Diante de Ti) e "You are here" (Estás Aqui) têm temas parecidos, são tocadas no mesmo tom e praticamente no mesmo tempo.
2. Isto ajuda as pessoas a permanecerem com sua atenção no Senhor durante a adoração, porque a transição entre as músicas não chama tanta atenção.

D. O Quarto Elemento é o Estilo da Canção
1. Ex: "I Give Thanks" com "New Every Morning" ou "Show Your Power" com "His Banner Over Me"(Sua bandeira sobre mim)
2. Este elemento não é algo crucial e naturalmente algo mais subjetivo

É importante que não enfatizemos demais o valor da constância musical. No inicio de minha experiência como líder, eu cometi o erro de crer que se tivesse feito todas as transições corretas, eu teria um bom período de louvor. O que começou a acontecer foi que, eu terminava uma música muito ungida, que transmitia um profundo senso de responsabilidade para as pessoas, e quando eu mudava de canção a coisa caía drasticamente. Isto mostra algo muito importante - Não mude para a canção seguinte somente porque você precisa mudar. Todas as músicas devem ter brilho próprio como instrumento de adoração. Fazer a transição correta sem ter a música certa é como fazer um churrasco sem a carne.

Fonte:www.vineyardmusic.com.br